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Foto do escritorAndré Gordon

GTI aposta em empresas ligadas a commodities e dólar para fugir da crise

Confira a entrevista de nosso sócio Rodrigo Glatt para Vinicius Pereira da Suno Research (para ler no link original clique aqui, ou veja abaixo a transcrição).


Com a chegada do coronavírus (covid-19) e sua influência na atividade econômica mundial, começou uma corrida entre agentes do mercado para compreender qual setor sairia antes da crise. Para a GTI, as empresas brasileiras ligadas a commodities e com exposição ao dólar devem liderar esse movimento.


De acordo com Rodrigo Glatt, sócio da GTI, a gestora aposta agora nessa característica e empresas como Vale e Suzano devem liderar essa corrida.

“Desde o ano passado a gente fez um movimento interessante para aumentar muito nossa exposição as commodities. Então, com esse nível de dólar, essas empresas terão resultados bem melhores daqui para frente. Aumentamos muito posição em Vale, Petrobras, Gerdau e Suzano”, disse Glatt.

Além desse setor, a GTI também vê com bons olhos o setor de shoppings centers, apesar de os locais permanecerem semi-fechados na conjuntura atual. “Aproveitamos para aumentar nossa posição em shopping, em BRmalls, e a CCP, uma empresa de ativos da Cyrela, que além de shopping, também tem imóveis comerciais”, afirmou Glatt.

Confira a entrevista do SUNO Notícias Rodrigo Glatt, sócio da GTI:  ♦ -Me fale um pouco da história da GTI e da filosofia de investimentos de vocês.. A GTI é uma das casas mais longevas do mercado, focada apenas em renda variável, com mais de 13 anos de empresa. Nossa estratégia é de investimento em longo prazo em Bolsa, focado em valor. Temos um histórico interessante de rentabilidade nesse período.

Começamos, eu e André [Gordon, gestor], juntos no banco Bozzano e sempre tivemos investimentos em renda variável. Aí constituímos um clube de investimento das nossas carteiras e, depois, o clube foi incorporado pelo nosso principal fundo.

Hoje temos oito pessoas trabalhando, sendo quatro sócios, e uma estratégia sempre com uma carteira entre 15 a 20 papéis. Sempre tivemos uma parte em small caps, menos líquido, mas hoje estamos com uma estratégia líquida, concentrada em oportunidades em empresas grandes.

Desde a criação do clube de investimento, em 2003, nosso retorno médio anualizado é acima de 20%. Temos em torno de 400 milhões sob gestão.

-Como vocês analisam a crise atual? Sempre tivemos o entendimento que a crise seria muito aguda, mas que, gradualmente, a gente teria uma recuperação. Essa crise tem um componente diferente, pois não houve nenhum choque estrutural, mas sim uma parada. Para voltar a ligar não é algo tão dramático desde que tenhamos condições para isso, como uma vacina, etc. Em algum momento, isso vai se normalizar e o mundo vai retomar seu crescimento econômico. Comparando com o que tínhamos antes da epidemia, como os esforços dos governos foram muito importantes, no Brasil e fora daqui. Ao mesmo tempo, com juros estruturais muito baixos, isso daí de fato vai aquecer a economia, mas também trazer investimentos para a Bolsa.





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